O avanço do “politicamente correto” no mundo deixou de ser algo capaz de trazer prejuízos apenas no campo político ou, no máximo, educacional. Prova disso é o número de ataques aos hinos cristãos tradicionais, alvos cada vez mais comuns da teologia liberal.
Politicamente correto é uma expressão irônica, usada para definir o que atualmente é tido como sendo o “novo normal”. Isto é, uma espécie de regra a ser seguida sem direito a contestações. A ideia de “inclusão” dos termos que fazem alusão à população LGBT+, por exemplo, ou à questão ambiental ou racial, são exemplos dessa narrativa.
Ataque aos hinos
É nesse contexto de patrulha do politicamente correto que os hinos cristãos vêm sofrendo ataques. A Igreja de Todos os Santos, em Loughborough, uma cidade situada a cerca de 200 quilômetros de Londres, Inglaterra, resolveu ser palco dessa sanha ideológica contra a ortodoxia cristã.
Isso porque, membros da denominação resolveram alterar a letra do hino “God Rest Ye Merry Gentlemen”, que existe há 400 anos, o qual fala sobre o nascimento de Jesus e a alegria dos pastores e de Maria, substituindo as referências a Cristo como o salvador e a Satanás.
No lugar, os militantes liberais fizeram citações das “mulheres que foram apagadas pelos homens”, além de “pessoas queer”, ou seja, pessoas que não se identificam com um ou outro sexo.
“Deus descanse vocês também, mulheres, que, por meio da história, foram ignoradas e desprezadas, contaminadas e deslocadas. Lembre-se de que suas histórias também são mantidas na graça de Deus”, diz um trecho do hino, com a nova alteração.
Na sequência, a nova letra pede para que Deus dê descanso “às pessoas queer e questionadores, seus corações ansiosos fiquem quietos, acredite que você é profundamente conhecido e parte da boa vontade de Deus para que todos vivam como um em paz; o sonho global realizado.”
Militância
Membro do Sínodo Geral, o órgão legislativo da Igreja da Inglaterra, Sam Margrave criticou a alteração no hino da igreja, frisando que essa iniciativa parte de pessoas cujo interesse é promover uma visão político-ideológica, e não os reais ensinamentos de Jesus Cristo.
“Absolutamente enojado que um ato de adoração ao nosso Senhor e Salvador esteja sendo usado para promover uma ideologia política contrária aos ensinamentos de Jesus”, disse ele, segundo a Revista Oeste.